Se você usa redes sociais, é possível que tenha se deparado com o termo core seguindo outras palavras, geralmente associado à moda, filmes, arte ou apenas visuais. Por exemplo: cottagecore, fairycore ou girlcore. Soa familiar? Sendo a resposta sim ou não, o sufixo tem sido uma grande tendência no Instagram, Tik Tok e outros canais há um bom tempo, e nesse post, vamos entender esse fenômeno e chegar ao cerne da questão.
Mas afinal, o que é core?
A palavra vem do latim “cor” e depois do francês, “coeur”, que significa “coração”, mas no inglês também é usada no sentido de “cerne”, como o ponto central ou a essência de algo (no filme Divertida Mente, eles se referem às memórias mais importantes como “core memories”, traduzido como “memória base”). Ou seja, “core” é a base de alguma coisa, o ponto em que tudo se resume. Você poderia até dizer que algo é “Juliana core” ou “Cultura Inglesa Core”.
Este é o significado literal. Mas como se usa? E mais curioso ainda, para quê?
Digamos que você amou a série Anne with an E (e como todos nós, jamais perdoará o cancelamento), e gostaria de assistir algo com uma temática parecida: uma história leve que se passa no campo, com um cenário lindo povoado por flores e animais, personagens que levam uma vida simples e trazem reflexões legais. Você está buscando uma obra cottagecore, e eu recomendaria O Jardim Secreto ou O Mundo dos Pequeninos. E, se jogar este termo na sua busca, vai encontrar várias outras sugestões de filmes, séries, livros e mesmo estilos de roupa nesse estilo.
Então, basicamente, nós usamos o core como uma espécie de categoria, baseada tanto no seu conteúdo como na estética. Afinal, dar nome às coisas, e mesmo às ideias nos ajuda a encontrá-las, saber mais sobre elas e quem sabe, criar conexões.
Alguns tipos de core
Citei alguns exemplos acima, e aqui vão mais alguns: kidcore é associado à nostalgia da infância, principalmente dos anos 90 e 2000: roupas, desenhos animados, brinquedos e até comidas – quem lembra dos salgadinhos que vinham com tazos?
O “royal” em royalcore significa realeza, remetendo aos nobres, castelos, joias, sinfonias clássicas e tons de dourado e mármore. Geralmente aí entram as histórias de época, como Bridgerton e os live-actions de princesas da Disney (apesar de haver também o princesscore, que é ainda mais afunilado).
Já o dreamcore (dream: sonho) tem uma vibe mais surreal, com imagens sem sentido, proporções estranhas e uma certa confusão. Sabe as coisas esquisitas que você vê nos seus sonhos, como animais voando ou casas no meio do nada? É isso, como nossa própria versão de Alice no País das Maravilhas.
Há vários cores que são mais voltados para a moda, e tem grande influência da cultura japonesa, como o juminocore. O próprio estilo cottagecore tem raíz no Mori Kei, uma subcultura que por si só já tem muito o que falar, mas que se eu for por esse caminho, esse post não acabará nunca!
Agora encontre o seu core
No fim das contas, adeptos dos “cores” são aqueles que se identificam com suas ideias, sejam os que sonham com uma vida tranquila numa fazenda, trazem uma parte da infância nos objetos do dia-a-dia ou se sentem personagens de romance quando usam acessórios de princesa.
O importante é se identificar com quem realmente é, e lembrar que a vida é cheia de possibilidades. Assim como seu guarda-roupa, ou seu catálogo de filmes.
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Loved it! 🤍🌷